Covid-19: Angola já é o PALOP com mais mortes
Angola registou 37 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas,
elevando o total para 1.852, e mais três óbitos, tornando-se no país
africano de língua oficial portuguesa (PALOP) com mais mortes devido à
doença (86), foi hoje anunciado.
Os dados foram avançados pelo
secretário de Estado da Saúde Pública, Franco Mufinda, durante o balanço
epidemiológico diário, em Luanda.
Entre os novos casos, quatro
foram diagnosticados em Cabinda, todos de transmissão local, seis no
Soyo (Zaire), também de transmissão local, e os restantes são de Luanda.
Os novos casos reportam-se a pessoas com idades entre os 22 e os 69
anos, sendo 29 do sexo masculino e oito do feminino.
Os óbitos foram de cidadãos angolanos, dois do sexo masculino, com 62 e 68 anos, e um do feminino, de 74 anos.
Outros
584 doentes já recuperaram e 1.182 estão em tratamento, dos quais três
são considerados críticos e 26 graves, adiantou Franco Mufinda.
Os laboratórios angolanos processaram cerca de 171 amostras, num cumulativo de cerca de 49 mil colheitas.
O
secretário de Estado destacou ainda que a partir de sábado passa a ser
permitida quarentena e isolamento domiciliar, para quem tenha condições
mínimas criadas.
O governante lembrou “o quão importante é
realizar o teste de biologia molecular pré-embarque” dos passageiros que
regressam a Angola, mas, sobretudo, a observação de algumas medidas e
“cautela quanto à exposição”, pois “tudo pode acontecer”.
A
pandemia de covid-19 já provocou mais de 754 mil mortos e infetou quase
21 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço
feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Entre
os países africanos que têm o português como língua oficial, Angola
lidera em número de mortes (86), apesar de ser apenas o segundo país com
menos casos (1.852). Seguem-se Guiné Equatorial (4.821 infetados e 83
óbitos), Cabo Verde (3.136 casos e 33 mortos), Moçambique (2.708 casos e
19 mortos), Guiné-Bissau (2.088 casos e 29 mortos) e São Tomé e
Príncipe (885 casos e 15 mortos).
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